A cada dia que passa presenciamos o duelo titânico pela audiência, seja no meio televisivo, ou nas rádios, por exemplo. Mas em que o povo é beneficiado se A ou B forem líderes de audiência? No que entendo, em nada; porque apenas estas emissoras de informação são favorecidas com seus faturamentos pelos seus respectivos ibopes.
Mas como dar o valor de verdade ao discurso desses emissores de informação? Como acreditar piamente no que eles emitem?
Pierre Lévy questiona a estrutura de transmissão da informação. Diz que: “... no entanto é a própria estrutura midiática – um grupo central de emissores e um público de receptores passivos e dispersos – que deveria ser colocada em questão no ciberespaço. Se cada pessoa pode emitir mensagens para várias outras, participar de fóruns de debates entre especialistas e filtrar o dilúvio informacional de acordo com seus próprios critérios (o que começa a tornar-se tecnicamente possível), seria ainda necessário, para se manter atualizado, recorrer a esses especialistas da redução ao menor denominador comum que são os jornalistas clássicos?”.
A questão é, será que somente as emissoras de comunicação oficial possuem a capacidade de emitir informações com credibilidade? Lévy argumenta que o ciberespaço vem para acabar com isso através do twiter, facebook, fóruns de debates etc. Temos uma imensidão de possibilidades de questionar o valor de verdade daquela informação dada pelo emissor da informação. Até por que no ciberespaço todos têm a capacidade de emitir informação e essas informações têm um valor igualitário. Não existe um que detêm o discurso de verdade ou da verdade. Esta forma igualitária que faz do ciberespaço uma ferramenta para pressionar as instituições físicas por um serviço mal prestado ou até uma informação dada erradamente. Neste sentido o ciberespaço é de grande valia para uma sociedade que a cada momento está mais informatizada e busca ferramentas para ter seus direitos cada vez mais assegurados e visando o bem-estar social. E como o ciberespaço é um espaço de expressão democrático, ele incomoda a muitos interesses particulares. Não há uma força totalizadora que venha suplantar as opiniões, debates, etc.
Sendo assim, a capacidade de discutir, convergir às multiplicidades de opiniões faz do ciberespaço um espaço de transformações. Se soubermos nos mobilizar através do ciberespaço a favor dos indivíduos e dos interesses sociais com certeza haverá bons resultados.
Por Davi Teixeira, graduando em Filosofia pela UFRRJ, componente do grupo PIBID.
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